Vivendo é que se aprende
setembro 22, 2014
Tirei o dia de folga. Sim,
já estava na esquina da rua do prédio onde trabalho, mas deu na telha, virei à
direita e fui em direção ao parque da cidade. Meu refúgio secreto. Sempre que
preciso saber quem estou sendo, é para lá que corro e dessa vez não seria
diferente...
Acredito que aquele seja
um lugar mágico, ou, sei lá seja coisa de minha imaginação. Mas quando entro
por aqueles grandes portões vejo árvores, alguns bancos, muitos pássaros, o céu
e instantaneamente viajo para o mundo que alguns dizem ser da imaginação, mas
que eu prefiro chamar de consciente presente. Porque nele me refaço. Renasço.
Minha necessidade de
alto-conhecimento é maior do que o previsto e tenho aprendido a lidar com isso
desde que conheci meu "consciente presente". Conheci o valor das
vozes que me envolvem dizendo os caminhos que necessito seguir aprendi que
coração quando fala e a gente não ouve adoece.
Mas eu estava indo ao
parque naquele dia porque há algum tempo me perdi de mim. Trabalho casa,
trabalho, escola trabalho... Sim, ouvia minhas vozes, mas as deixava passar
longe de mim. Quando cheguei ao parque sentei no banquinho de sempre. Ele se
voltava para a maior árvore do lugar. Sentei-me e sorri, ele parecia estar
sempre pronto a me consolar.
Meu pensamento seguia desordenado,
faltava algo em mim. Sempre faltava, mas dessa vez era algo maior que nem eu
mesma sabia explicar. Mas fiquei ali, olhando aquelas árvores, viajando no voo
dos pássaros, considerando e desconsiderando pensamentos.
Já escurecia e eu resolvi
ir embora. Dessa vez o parque não havia me ajudado muito. Me dei conta da
besteira que estava fazendo indo ali durante todas aquelas semanas. -"Um
ritual sem nexo..." - Assim eu pensava quando vi algumas famílias entrando
pelos portões.
Foi então que eu me lembrei
de minha família. Dois anos sem vê-los. As coisas foram se concretizando na
faculdade e no trabalho e eu nem ligava mais todas as semanas. Percebi que o
tal de consciente presente e o parque eram na verdade minha família naquele
lugar solitário em que eu vivia. E acabava de perceber que eles não supririam
todas as minhas necessidades. Embora muito já tivessem me auxiliado.
Corri para casa, liguei
para meus pais, falei com minhas irmãs. Telefonei para algumas amigas, tios e
tias e no final chamei uma pizza para comemorar. Um simples oi familiar fez
minha mente voltar a funcionar eu tinha
que comemorar.
Sozinha!? Não! Com meu
consciente presente mais que tranquilo. com minha saudade amenizada e
principalmente com meu autoconhecimento quase equilibrado. Afinal, a agente
vive para aprender a viver.
9 comentários
Oi Taiane! Ficou lindo! =D
ResponderExcluirUm prazer poder colaborar aqui no teu blog! <3
Um beijo enorme pra ti!
O prazer é meu de ter uma blogueira tão talentosa aqui no meu cantinho <3
ExcluirObrigada pelo carinho flor!
ExcluirTeu blog é muito fofo!
Parabéns!
(=
Que texto lindoo! A Van escreve muitoo bem!!
ResponderExcluirAmei o blog! ^^
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Oi Bk! Obrigada pela leitura e pelo carinho! <3
Excluirtambém gosto muito dos teus textos ^^
O blog da Taiane é muito amor! <3
Beijinhos!
:*
Minha parte favorita: "aprendi que coração quando fala e a gente não ouve adoece." Acho que esse texto descreve bem a nossa realidade moderna, onde a gente vai se perdendo no meio de tanta correria.
ResponderExcluirEssa tbm é minha parte favorita, a Vanessa escreve super bem!
ExcluirObrigada pela visita é pelo comentário ^^
Adorei o texto! A Vanessa é um talento para a escrita!
ResponderExcluirBeijos..♥
É mesmo Pathy ^^
ExcluirBem-vinda, espero que goste do blog !
Obrigado por comentar :3